No dia 4 de novembro de 2025, durante o Fórum de Líderes Locais da Conferência das Nações Unidas sobre Alterações Climáticas (COP30) e a Cimeira Global de Presidentes da Câmara Municipal do C40, realizados no Rio de Janeiro, Brasil, foi anunciada a entrega do Prémio “Liderança Climática Local” de 2025 da Aliança de Liderança Climática Urbana (C40) ao projeto “Construção de uma Cidade Resiliente ao Clima no Centro Administrativo Municipal de Beijing”, submetido pela capital chinesa. Beijing figura entre as 12 cidades (regiões) distinguidas e é a única cidade chinesa premiada nesta edição.

A Aliança de Liderança Climática Urbana C40 é uma organização internacional composta por cidades e dedicada a promover a redução de emissões de gases com efeito de estufa e a melhorar a resiliência climática nas áreas urbanas globais, abrangendo atualmente quase uma centena de grandes cidades em todo o mundo. O prémio “Liderança Climática Local” do C40 visa reconhecer práticas inovadoras e exemplares tomadas por cidades no âmbito da ação climática global. Segundo informações disponíveis, esta edição do prémio incluiu seis categorias e recebeu mais de 160 candidaturas de 45 países.

O Centro Administrativo Municipal de Beijing integrou profundamente os conceitos de baixo carbono e resiliência climática no seu desenvolvimento, criando um conjunto de edifícios verdes de alta qualidade e promovendo uma transformação energética sustentável. Atualmente, a área é pontuada por marcos ecológicos: a antiga Fábrica de Produtos Químicos Oriental foi transformada num “pulmão verde urbano”, o Parque Linear da Sexta Circular criou um “corredor verde elevado”, e 580 quilómetros de vias verdes conectam as paisagens do Canal. Esta melhoria ambiental tem favorecido a coexistência de diversas espécies animais, incluindo a abetarda-grande, ave protegida de Classe Nacional I e que tem escolhido a área para passar o inverno por vários anos consecutivos, e 370 espécies de aves selvagens que aqui residem.

Nos últimos anos, Beijing integrou profundamente o conceito de desenvolvimento verde e de baixas emissões de carbono na sua estratégia global de desenvolvimento urbano, tendo progressos notáveis na sua transição ecológica. A nível industrial, a cidade desenvolveu ativamente novas tecnologias de ponta e indústrias emergentes estratégicas, tendo criado um total de 161 fábricas verdes de âmbito nacional. No domínio energético, Beijing foi a primeira cidade do norte da China a resolver fundamentalmente a poluição pelo carvão, com fontes de energia de alta qualidade a representarem 99% do consumo energético. No setor dos transportes, foram promovidos cumulativamente 1,2 milhões de veículos movidos a novas energias. Relativamente ao mercado de carbono, a cidade implementou segundo padrões elevados o mercado nacional de transação de reduções voluntárias de emissões de gases com efeito de estufa, mantendo o mercado-piloto de carbono de Beijing em funcionamento estável há 12 anos consecutivos.

Fonte: Departamento Municipal de Ecologia e Ambiente de Beijing